da gazeta do povo
Uma rua e duas avenidas da região sul de Curitiba
concentram 25% dos casos de acidentes em cruzamentos entre 2007 e 2010.
Levantamento da Gazeta do Povo elaborado com base nos anuários do Departamento
de Trânsito do Paraná (Detran-PR) e do Batalhão de Polícia de Trânsito
(BPTran) mostra que a Rua Tijucas do Sul, no Sítio Cercado, e as Avenidas
Marechal Floriano Peixoto e Comendador Franco são as mais perigosas para
motoristas, pedestres e ciclistas.
A Marechal Floriano foi a líder disparada em acidentes nos cruzamentos, com
218 casos em 12 pontos diferentes. Mas a situação mais problemática está
localizada no bairro Sítio Cercado. Sozinho, o encontro das ruas Tijucas do Sul
e Ourizona registrou 48 acidentes no período estudado.
O trecho é um dos poucos no levantamento que não tem semáforos instalados,
apenas sinalização vertical. Para motoristas e moradores da região, o alto
fluxo de veículos que se aglomeram na Ourizona para atravessar a outra via,
sem que haja uma mediação por semáforo ou agente de trânsito, contribui para
que os choques entre automóveis sejam inevitáveis.
A falta de segurança no local e os acidentes registrados ao longo dos anos
fizeram com que a prefeitura tomasse uma medida drástica: o cruzamento deixará
de existir. Assim como no encontro com a Rua Ourizonas, outros seis pontos da
Tijucas do Sul passam por obras, com o fechamento de interseções e a criação de
retornos ao longo da via principal.
A eficácia da medida implantada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento
Urbano de Curitiba (Ippuc) se limita à região. Nos outros cruzamentos campeões
em acidentes entre 2007 e 2010, como na Marechal Floriano com as ruas Doutor
Bley Zornig e Desembargador Antônio de Paula e na interseção da Comendador
Franco (Avenida das Torres) com as Ruas Augusto Zibarth e Henrique Mehl, já há
semáforos instalados, assim como ampla sinalização vertical e horizontal.
Para o engenheiro civil e professor titular do Departamento de Transportes da
Universidade Federal do Paraná (UFPR) Eduardo Ratton, falta ousadia do poder
público para implantar obras que trariam soluções definitivas para os acidentes,
como viadutos e passagens em desnível nos cruzamentos. “Poucos investimentos
foram feitos no sistema viário de Curitiba ao longo dos anos. Vez por outra um
binário é criado, mas a capacidade de tráfego das vias é praticamente a mesma de
20 anos atrás”, afirma.
mais da materia no:
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1225286&tit=Regiao-sul-da-capital-concentra-cruzamentos-mais-perigosos
Nenhum comentário:
Postar um comentário